segunda-feira, setembro 18, 2006

Maguito atrasou folhas do Estado

Goiás - Relatório mostra que peemedebista pagou fora do prazo em sua gestãoCronograma de pagamento do governo Maguito Vilela

A guerra pelos votos do funcionalismo público promete esquentar na reta final da campanha. Um dia após o governador Alcides Rodrigues (PP) receber o apoio de 40 sindicatos de servidores públicos, o candidato a governador pelo PMDB, Maguito Vilela, acusava o pepista de atrasar os salários pagos pelo Estado. “O governo Alcides não consegue atualizar o pagamento do funcionalismo, dos fornecedores do Ipasgo, da Saúde e da Educação”, afirmou em entrevista ao DM publicada ontem. A reação do Tempo Novo foi imediata. Ontem, a coordenação da campanha de Alcides disponibilizou um levantamento das datas de quitação da folha salarial do Estado (veja quadro) durante o governo Maguito (1995-1998).
“O Maguito senta no próprio rabo ao falar dos outros. Estamos com a folha toda em dia”, dispara o coordenador geral da campanha do Tempo Novo, Fernando Cunha (PSDB), classificando os comentários do governadoriável de “molecagem”. Ex-secretário de Governo na gestão Marconi Perillo (1999-2006), Cunha explica que o atual governo deixou de pagar alguns órgãos antecipadamente por falta de repasses do Tesouro Nacional, mas frisa que não houve atraso. “Só não pagamos dentro do mês corrido como sempre fizemos, mas foi antes do vencimento legal”, afirma.
Datas – Segundo levantamento feito junto ao Sistema de Contabilidade Estadual com os pagamentos de 37 órgãos do Estado, todos os pagamentos efetuados entre dezembro de 1994 – último mês da gestão de seu antecessor, Agenor Rezende – e dezembro de 1998 foram atrasados, com exceção do 13º salário de 1998, pago adiantado.
Porém, na ocasião do pagamento do 13º, Maguito já havia se licenciado do governo para disputar vaga no Senado. Quem estava no comando do Estado era o seu vice, Naphtali Alves (maio a dezembro de 1998).
Em dezembro de 1997 o peemedebista bateu recorde de atraso. A folha só foi quitada com um mês e 27 dias após o vencimento. “O funcionalismo público não é bobo e guarda bem na memória o descaso da gestão Maguito”, diz Cunha. DM